Se o destino de uma roda é girar, o de uma roda viva consiste em carregar - seja o destino, a roseira, a viola, a saudade, pra lá.
Um pra lá bem longe, muito longe, além do reino de tão-tão distante, lá onde os olhos não veem e o coração não alcança.
Pouco sei de astrologia. Da minha senciência, porém, eu já muito angariei até aqui. O eclipse pode estar ocorrendo na lua, mas seu efeito é demasiado humano. A grande roda azul, o Planeta Terra, nesta terça girou diferente, e mais!, não só girou - carregou e arrastou consigo o que bem quis levar.
Mas tudo passa. O eclipse também passará. Eu, passarinha, ao voar lá de cima, só sei pensar que é difícil saber o que fica, o que sobra. Talvez um novo começo, um outro amanhã, um sim, um não, talvez apenas um grande talvez.

"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu.
A gente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu."
Chico Buarque.
Nesse caso, Chico, foi a lua que cresceu tanto, e a gente que reduziu muito.
A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda-viva e carrega o destino pra lá.
Feito círculos em um círculo, a lua me ensinou que girar é inevitável. Ainda assim, atrevo-me a manter minha voz ativa, comandar o meu destino - pois que até vou, de arrasto, mas faço hora, vou na minha valsa, e cantando.
A roda viva da vida girou e carregou o destino pra lá.
Até sempre,
Susan Duarte
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