O meu livro favorito da Clarice - Correio Feminino.

Comprei ele ainda adolescente, 15 ou 16 anos talvez, ao passo que dava meus primeiros passos na travessia de menina a mulher.
Depois de muito atravessar, percebi que tal travessia não é um marco que separa as duas:
- A menina, A mulher.
Não. Não há dicotomia nessa estrada. Na plenitude do feminino, ambas coexistem - a adulta, a criança interior, a mulher selvagem e intuitiva, a menina doce e inocente.
Quando bem vivida, na iniciação da mulher ocorre a troca natural da boneca da mãe-boa-demais pelos poderes intuitivos da mãe-exigente, as duas presentes na psiquê feminina.
Quando, por ventura, isso não ocorre, resulta em mulheres, mães, esposas, empresárias enfraquecidas, imaturas, eternamente infantilizadas.
Como Clarice bem disse, "a mulher, enfeitando-se, cumpre um dever; ela pratica uma arte, arte delicada, que é mesmo, até certo ponto, a mais encantadora das artes".
Nascer menina e tornar-se mulher é uma travessia bonita que, por felicidade, nunca termina.
Porque ser mulher é a mais encantadora das artes.
Até sempre,
Susan
Creator
Artesania da Palavra | Diamantes de Consciência refletindo o espírito da época.
Susan Duarte©Copyright 2025.
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