Fui votar logo pela manhã.
Faria uma pequena viagem no domingo, então, apressei o passo. No caminho, vi pessoas com os mais variados acessórios e cores. Vermelho, branco, torcendo pelo padre, vibrando contra o coronel, a favor de gregos, contra troianos, e vice-versa.
Enquanto aguardava na fila, pacientemente, a fim de exercer (parte da) minha cidadania, não percebi ninguém ao redor que tivesse ido votar com o título na mão e o Brasil no coração. Votar é celebrar a democracia, exercer o direito de escolha. Voltaire já disse e eu reitero:
Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.
A distinção é sutil mas necessária: convicção não é sinônimo de fanatismo. Ser convicto de seus ideais é válido; ser fanático é insano. A menor distância entre 2 pontos é uma reta. Nesse caso, a matemática é simples: a democracia começa no ponto do bom senso e termina no respeito. Que tenhamos a decência de trilhar por essa reta nas eleições de 2022. Nossa pátria mãe gentil merece tal gentileza de seus filhos.

Na saída, missão cumprida, avistei um senhor ao longe. Ele trajava uma típica roupa de domingo, confortável, despretensiosa. Mas, sobre os seus ombros, trazia consigo a bandeira do nosso Brasil.
Ali, naquela instante, respirei aliviada.
Ainda há alguém que leva para o ato de votar as verdadeiras cores e palavras que devemos honrar: verde, amarelo, branco, azul; ordem & progresso. Tal como ele, que não percamos nem de vista nem de sonho a nossa bandeira, a nossa gente, o nosso bem.
Naquele justo momento, sonhei de novo - sonhei que o país inteiro tinha dado as mãos. Pois o nosso eleito é o Brasil.
Até sempre,
Susan Duarte
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REFERÊNCIAS
Obra de Tarsila do Amaral. Operários, 1933.
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